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Projetos

A história e as histórias do Clube da Esquina
Série de TV - Documental

8 episódios - 26 min

 

Um testemunho pessoal, filtrado pelo tempo, da história do Clube da Esquina através de oito de seus “diretores”: Milton Nascimento, Lô Borges, Wagner Tiso, Flavio Venturini, Marcio Borges, Toninho Horta e Ronaldo Bastos.

Tudo começou em 1963, em Belo Horizonte. O cantor, compositor e instrumentista Milton Nascimento tinha acabado de chegar de Três Pontas, onde tocava na banda W’s Boys com o pianista Wagner Tiso, e foi morar numa pensão no Edifício Levy, na cinzenta Avenida Amazonas, no centro da cidade. Lá, em outro apartamento, viviam os irmãos Borges – doze ao todo. No começo, Milton se enturmou com mais velho deles, Marilton, com quem foi tocar no grupo Evolussamba. Logo, estaria fazendo amizade também com Márcio e com o pequeno Lô, de apenas dez anos de idade, que desceu certa vez as escadas do prédio para ver de quem era aquela voz e aquele violão que o encantavam.

 

Os encontros entre Milton e os dois irmãos eram sempre no quarto dos Borges, em noites regadas a batida de limão. Márcio tornou-se o letrista das primeiras composições de Milton, Novena, Gira Girou e Crença, feitos em 1964. Enquanto isso, Lô estudava harmonia com o guitarrista Toninho Horta e devorava discos dos Beatles com outro menino, Beto Guedes, filho do seresteiro Godofredo Guedes, que tinha vindo de Montes Claros. Juntos, os dois meninos que haviam se conhecido por causa de um patinete, montaram a banda The Beavers, inspirada no quarteto inglês. Assim surgia o embrião do Clube da Esquina. A troca de ideias avançou pelas noites no bar Saloon e nas sessões no Cineclube SEC.

 

Enquanto isso, a turma de músicos mineiros reunida por Milton e os Borges não parava de crescer, com a chegada de Flávio Venturini, Vermelho e Tavinho Moura, que apresentou muitas das canções folclóricas mineiras que Milton gravaria em Gerais.

 

Faltava apenas batizar essa reunião de músicos. Um dia, na esquina da Rua Divinópolis com a Rua Paraisópolis, no bucólico bairro de Santa Teresa, Milton e os irmãos Borges fundaram o Clube da Esquina, irmandade unida no interesse por música, política, amizade e uma cachacinha das boas. O nome foi ideia de Márcio que, sempre ao ouvir a mãe, Dona Maria, perguntar por onde andavam os meninos Borges, dizia: "Claro que lá na esquina, cantando e tocando violão". Em comum entre os integrantes, a origem de classe média, o grande interesse por assuntos culturais e políticos e a disposição de privilegiar os temas sociais em detrimento do amor nas letras.

 

O som que parecia brotar do interior de uma secular igreja mineira direcionou mentes e corações sonhadores, à beira de se perderem noutras esquinas ou encruzilhadas. Por isto, apesar de, historicamente, ter o nome ligado um determinado ponto geográfico, na verdade, o Clube da Esquina foi uma catarse coletiva e abriu as porteiras para o que o mundo ouvisse o que Minas Gerais propunha de renovador para a MPB.

 

Quarenta e cinco anos depois da fundação, a diretoria do clube vem contar A HISTÓRIA E AS HISTÓRIAS DO CLUBE DA ESQUINA. Em oito episódios, cada um dedicado a um dos “diretores”, eles contam e cantam o que viveram naqueles anos, criando um marco na história da música brasileira. Um testemunho pessoal, filtrado pelo tempo, da história desses meninos sonhadores. A partir do depoimento de cada um, desenrola-se um novelo em que todos os outros personagens focalizados nos outros episódios estarão presentes. A ideia de “clube” será mantida em toda a série, sempre com um integrante falando do outro, numa teia de informações que dará um amplo painel desse período que entrou para a história da música brasileira.

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